A intrigante história oculta de Valorant

Pouca coisa se sabe sobre a história do jogo, pois a Riot ao contrário da Blizzard, que sempre faz questão de lançar sequencias cinemáticas reveladoras da trama de seu hero shooter Overwatch, não parece nem um pouco empenhada em entregar de mão beijada o que está se passando no mundo de Valorant. Muito se fala, muito se especula, mas pouco se sabe de fato.

Desta forma, temos que catar as migalhas deixadas pelos desenvolvedores. Migalhas estas espalhadas nos detalhes dos mapas, nos diálogos entre os personagens e nos poucos trailers lançados no canal oficial do YouTube, como a do duelo entre Phoenix e Jett, e mais recentemente, a convocação de Skye pela Sage. Uma pena a revelação da agente Killjoy ter sido tão simples, apesar dos olhares mais atentos terem pegado certos detalhes.

Indo direto ao ponto, tudo que esta acontecendo no mundo parece ter um culpado em comum, a empresa Kingdom e sua exploração de um composto conhecido como Radianite, que também dá nome a uma das moedas utilizadas pelos jogadores para modificar armas no game. Agora, o que mais instiga a imaginação daqueles que, como eu, adoram uma boa narrativa, é saber quem são os agentes, de que lado eles estão e o que os motiva a lutar.

Seguindo a trilha de migalhas não podemos cravar com certeza que os poderes dos agentes se manifestaram junto com as mudanças provocadas no mundo, já que no trailer mencionado do duelo entre Jett e Phoenix, podemos perceber que ambos já estão bem acostumados com suas habilidades especiais, e Phoenix por sua vez, ao final, fica chocado ao ver um pedaço da cidade, que seria o mapa Ascent, subir aos céus indicando que aquilo é uma novidade.

Seguindo os diálogos dos personagens dentro do game, podemos ver que a agente brasileira Raze é claramente contra a empresa citada, já que em uma de suas falas ela diz:

"mais uma infestação de kingdom"

demonstrando descontentamento com o fato. Em outro de seus diálogos, a baiana parece ter um relacionamento bastante próximo ao agente Americano Brimstone, quando ela diz:

"Ô Brimstone, tem certeza que eu não posso brigar com música..."

o que poderia indicar que ele também luta contra a empresa.

Já a agente alemã killjoy, para citar as duas inventoras do jogo, ao final de seu trailer aparece sentada numa caixa (imagem abaixo) em o que parece ser um laboratório muito bem equipado ao estilo glitchpop, rodeada por seus robôs e com um laptop no colo com a marca Kingdom estampada, o que pode indicar que ela trabalha para a empresa, apesar de muitos de seus diálogos como:

"Raze você mexeu nas minhas coisas, e sim, pode ter melhorado... obrigada"

deixam a sensação do contrário. Complicado, não?

Agora o que complica tudo mesmo, são os diálogos sobre si mesmo (ou suas cópias) e também os diálogos sobre cópias de terceiros. E eu não estou falando aqui daquele simples "clone abatido" que a Jett solta quando elimina a Jett rival, e muito menos o "matei a cópia" da Raze, mas de diálogos mais intrigantes como:

"Eles tem um Sova também? Será que alguém poderia me trazer o olho dele? O que foi, eu só quero analisar as imagens"

dito pela Killjoy quando há dois Sovas em campo.

Outro diálogo intrigante, também da própria Killjoy, é quando ela diz para seus aliados não se preocuparem caso morram, pois ela teria feito backup de suas mentes, mas termina dizendo que era só brincadeira... ou não.

Tudo isso cria um emaranhado de fios soltos que podem dar em qualquer lugar, ou até mesmo em lugar algum, pois o ano em que o game se passa, qual a tecnologia disponível, o que seria a tal Radianite, quem são (ou o que são) os agentes e muitos outros detalhes simplesmente estão ocultos. Sem falar que parte dos diálogos podem servir apenas para preencher o game, deixando-o mais vivo e engraçado e não fazer parte do enredo oficial.